terça-feira, 20 de setembro de 2011

Xuxa, uma grande brasileira, e outros atos patrióticos.

Sonho da tarde de 11 de setembro.

É incrível, mas dormi esse dia inteiro... e estava com o laptop na cama. Assim que acordei, escrevi isso tudo. Eu sou uma pessoa bem patriota até, mas longe de ser uma "Policarpo Quaresma". Em fim, achei tudo muito curioso...é muito curiosa a forma como a minha cabeça trabalha...

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Sonhei que acompanhava um trabalho que a Xuxa estava fazendo pela preservação e um rio. Sabia-se, de alguma forma, que aquele era um dos poucos sem nenhuma poluição no país, mas estava ameaçado. Então a Xuxa encabeçou um projeto para impedir que isso acontecesse.

Naquele ambiente iam ser introduzidos alguns hipopótamos, nativos do Brasil (é, eu sei que são africanos na vida real), ameaçados de extinção. Fiquei sabendo que haviam cerca de 1100 exemplares no país, mas eram todos dos Estados Unidos, de uma outra espécie semelhante. Daqui mesmo eram só 22. Essa informação me emocionou muito e chorei.

Cheguei a ver alguns “hipopótamos brasileiros” em tanques: duas fêmeas estavam com filhotes, uma cada um. Uma delas tinha parido três, mas dois morreram. Era uma trabalheira para os biólogos fazer as mães aceitarem os filhotes e amamentá-los.

Comentei com a Xuxa que o que ela estava fazendo era incrível, que era uma prova de amor e consideração pelo país e que ela era, portanto, uma grande brasileira.

Depois de algumas cenas desconexas, eu tinha voltado a assistir aulas em uma escola que frequentei quando era adolescente. A professora estava entregando umas redações, mas eu não tinha feito porque tinha faltado no dia da atividade. Não era exatamente uma aula do ensino médio, era parecida, mas não consegui captar a razão de eu estar ali e que tipo de aula era.

Meu lugar era na penúltima carteira, do lado direito. Tinha uma moça que era conhecida minha de muitos anos. Virei pra trás e comentei alguma coisa com ela, não lembro o quê.

Foi um sonho bem introspectivo a partir daí, pouco interagi com as pessoas e ficava considerando muitas coisas na minha cabeça. Um das coisas que eu pensava era que voltar pra ali me traria lembranças, e um sentimento nostálgico dos tempos de colégio, mas isso não aconteceu.

Saí de lá e olhei a baía sul, já devia ser fim de tarde, pois algumas luzes da cidade estavam acesas. Tinha quatro bóias luminosas, há uns 400 metros de distância da areia. Olhei pra elas fixamente e percebi que se quisesse muito, conseguiria ir até lá. Não sei a razão dessa vontade, mas de repente eu estava olhando-as de perto. Ainda acompanhei a linha que prendia as bóias a uma rede de pesca, esticada no fundo. De lá, tive vontade de sair e me desinteressei pelas bóias, aliás eu só queria sair da água. Me admirava o fato de continuar respirando.

Engraçado que nesta ocasião da bóia eu ouvia a voz da minha mãe de fundo, perguntando se eu sabia pra que serviam aquelas coisas e etc. Era uma espécie de conversa mental. Quando saí para a superfície minha mãe estava lá. Fiquei um pouco desnorteada e não sabia direito para que lado ir. Ao ver que estava escurecendo, perguntei pra ela sobre arrumarmos um barco, até porque íamos meio diagonal à orla e isso tornava o caminho mais longo. Discuti um pouco com a minha mãe a respeito, pois vimos barcos (pequenos e vazios, ancorados perto de onde estávamos) e ela achou melhor continuar nadando.

Já em terra, era dia claro outra vez. Passamos por uma casa que tinha um urso pardo filhote no quintal. Estava bem magro. Disse para a minha mãe que criar aquele bicho ali não era boa ideia e que os donos da casa iam se complicar cedo ou tarde. Comentei ainda sobre o sentimento estranho de voltar pra aquela escola e não ficar nostálgica.

Caminhando pela cidade, demos de cara com uma tropa do Exército formada em um espaço aberto, tipo uma praça. Pareciam treinando ordem unida. Fiquei olhando eles treinaram, eram mais de dez pelotões. Depois, entrou uma tropa de bombeiros no dispositivo, formando ao lado, em mais ou menos em mesmo número. Pensei comigo: “Será dia de promoção? Eu nem lembrava que hoje era dia de alguma coisa...”.

Uma amiga minha (bombeiro também, na vida real) estava formada num pequeno pelotão só de mulheres, que eram cadetes do Exército. Pensei comigo: “Puxa que legal, ela conseguiu entrar pra uma escola de oficiais...”. Ela estava sem cobertura, com um cabelo ajeitado num topetão anos 50 e o resto amarrado em um rabo de cavalo. Fiquei pensando se eu mesma não tinha sido chamada para a escola de cadetes (no sonho eu tinha feito a prova). Não me apresentei, sequer tinha conferido a classificação.

Fiquei olhando aquela formatura, ouvi o exórdio do Hino à Bandeira e percebi que a guarda* era composta de dois elementos apenas, armados com uns fuzis antigos, como que usávamos na escola de soldado. Um do exército e um bombeiro. A bandeira ficava parada e eles foram compor a guarda perto dela, diferente do que eu já tinha visto e executado na vida real: em geral ela se desloca com a guarda já em volta.

Um rapaz civil, acompanhado dos pais, foi chamado para receber uma medalha. Ele tinha sequelas neurológicas de algum tipo, se locomovia com dificuldade e tinha uma expressão doente. Comentei com a minha mãe: “Estropiaram o rapaz em treinamento e agora vão dar uma medalha para os pais... duvido que isso compense qualquer dano.” Então, acordei.


* Dispositivo solene em que uma guarda é montada em volta das bandeiras nacional, estadual e outros pavilhões, como neste link.

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